Os Super-Limpos Contra a Dengue
De Emílio Carlos
NARRADOR – Os três amigos resolveram passear na praça.
MIRIAM – Está um belo dia pra gente se divertir, hein pessoal?
ZECA – É mesmo, Miriam.
JÚLIO – Zeca: vamos juntar a turma pra gente jogar futebol?
ZECA – Aí: boa idéia! (os dois dão um tapa um na mão do outro)
MIRIAM – Vocês, hein?
ZECA – Ah, só uma partida, Miriam.
MIRIAM – Tudo bem: eu fico no gol.
NARRADOR – Só faltava encontrar o resto da turma. Mas... cadê a turma?
MIRIAM – Ei gente: cadê o pessoal?
ZECA – Não tem ninguém na praça!
JÚLIO – Muito estranho.
NARRADOR – Dia bonito, ensolarado, uma bela manhã ensolarada de sábado e... cadê todo mundo?
MIRIAM – É isso mesmo: cadê todo mundo?
ZECA – Algo me diz que alguma coisa estranha está acontecendo por aqui.
JÚLIO – E eu digo mais: algo me diz que alguma coisa muito estranha está acontecendo por aqui.
NARRADOR – Certo: alguma coisa muito estranha está acontecendo por aqui.
JÚLIO – Ei, a gente já disse isso.
NARRADOR – Desculpem... (limpa a garganta) Mas o que será que está acontecendo por aqui?
MIRIAM – Sim, o que será?
ZECA – O que?
JÚLIO – (olha para o Narrador) O que?
NARADOR – Não olhem pra mim. Eu sou só o narrador. Os super-heróis são vocês.
OS TRÊS – Shhhhh! Fale baixo!
NARRADOR – Desculpem por isso, Super-Limpos.
OS TRÊS – Shhhh!
MIRIAM – Ele já nos entregou.
ZECA – Então não tem outro jeito.
JÚLIO – Vamos colocar o uniforme dos...
OS TRÊS - ... Super-Limpos!
MIRIAM – Vamos lá!(Os três saem)
NARRADOR – Bem, Miriam, Zeca e Júlio, quer dizer, os Super-limpos já voltam já para resolver esse mistério misterioso. Um mistério tão misterioso que chega a ser... misterioso. Mas olhem lá: vem chegando alguém. Parece o Tiago. Mas... olhem só o estado dele.(Tiago entra com febre, passando mal. Está com dor de cabeça e parece gripado)
TIAGO – (geme) Ai... Ui... Eu não estou bem...
NARRADOR – O que aconteceu, Tiago?
TIAGO – Eu ia brincar com a turma hoje... Mas acordei passando mal... Acho que estou gripado... (senta-se)
NARRADOR – Não é possível o que está acontecendo nessa praça hoje. Olhem só: vem vindo mais alguém.(Entra Diana com os mesmos sintomas do Tiago)
DIANA – Ai... Ui...
NARRADOR – O que aconteceu, Diana?
DIANA – Eu ia brincar com a turma hoje... Mas acordei passando mal... Acho que estou gripada... (senta-se perto do Tiago)
NARRADOR – Gente: eu não acredito nisso: vem vindo mais gente aí. Oh não: é o Bruno.(Bruno entra com os mesmos sintomas dos outros dois)
BRUNO – Ai... Ui...
NARRADOR – O que aconteceu, Bruno? Não me diga: deixe-me adivinhar. Você ia brincar com a turma hoje, mas acordou passando mal e acha que está gripado.
BRUNO – Como é que você sabe?
NARRADOR – É que além de narrador eu também brinco de detetive nas horas vagas...(Bruno senta-se perto dos outros dois amigos)
BRUNO – Licença.
TIAGO – Ai...DIANA – Ui...
NARRADOR – Gente: a coisa está feia por aqui. Como é que pode... (briga com um mosquito) sai mosquito! Sai! Como é que pode tanta gente doente assim?(Os Super-limpos voltam à cena)
OS TRÊS – Super-limpos em ação! (vêem os amigos doentes)
MIRIAM – O que que é isso?
ZECA – Ta todo mundo passando mal?
JÚLIO – Ta todo mundo doente?
NARRADOR – Eles iam brincar com vocês. Mas acordaram passando mal e acham que estão gripados.
MIRIAM – Mas... todo mundo ficou gripado ao mesmo tempo?
ZECA – Isso é muito estranho.
JÚLIO – (espanta o mosquito) Sai mosquito! Sai!
NARRADOR – É, parace que ta cheio de mosquito por aqui.
MIRIAM – Isso é mais estranho ainda.
ZECA – Vamos examinar os doentes.(examinam os doentes superficialmente)
MIRIAM – É como eu temia.
ZECA – Os três tem picadas de mosquitos.
JÚLIO – Será que é o que eu estou pensando?
NARRADOR – E o que será que eles estão pensando, hein?
OS TRÊS – O mosquito da dengue!
NARRADOR – Não, eu acho que não. Isso só dá na televisão. Aqui não tem mosquito da dengue não. Sai mosquito! Sai!
MIRIAM – Nós vemos ver...
ZECA - ... com o nosso super-spray...
JÚLIO - ... de aumento!(Júlio pega o spray no seu cinto e borrifa no mosquito que está na árvore. O mosquito sai da árvore grande, com pelo menos 40 cm de tamanho)
OS TRÊS – É o Aédes Aegypt!
NARRADOR – Como é que é?
MIRIAM – O Aédes Aegypt!
ZECA – O mosquito da dengue!
JÚLIO – A gente viu no laboratório de ciências.
(o mosquito começa a sobrevoar os Super-limpos e o Narrador, que tentam espanta-lo. Depois sobrevoa o público – caso as crianças não sejam muito pequenas para se assustar. Sonoplastia: som de mosquito misturado com avião dando vôo rasante)
MIRIAM – Isso não vai ficar assim!
ZECA – Vamos usar nossos poderes!
JÚLIO – Isso mesmo!(o mosquito sobrevoa o Narrador, que fica com medo)
NARRADOR – Usem logo, pelamordeDeus! (Um a um cada um dos Super-limpos cruza os punhos apontando para mosquito e ficam lado a lado)
MIRIAM – Poder do ar!
ZECA – Poder da água!JÚLIO – Poder do solo!(Sonoplastia: sons de efeitos especiais. Pode ser de filme de naves estelares. O mosquito é atingido e cai)
MIRIAM – Viva!ZECA – Êba!
JÚLIO – U-rú!
NARRADOR – Vocês venceram!
OS TRÊS – Êba!
NARRADOR – Mas... parece que tem mais um mosquito aqui.
MIRIAM – Gente: precisamos descobrir e destruir o esconderijo desses mosquitos.
ZECA – O esconderijo deve estar aqui por perto.
JÚLIO – Olhem: ali tem uma casa abandonada.
MIRIAM – Vamos ver!NARRADOR – Com coragem os Super-limpos atravessam a praça e chegam até a casa. E o que é que eles encontram?
MIRIAM – A-rá!
ZECA – A-rá!
JÚLIO – A-rá!
NARRADOR – A-rá o que?
MIRIAM – Eu sabia!
ZECA – Olhem só quanta coisa errada aqui!
JÚLIO – O esconderijo perfeito para esse mosquito da dengue!
NARRADOR – O que será que os Super-limpos encontram?
MIRIAM – Latas viradas de boca pra cima... (desvira as latas cheias de água)
ZECA – Pneu cheio de água... (desvira o pneu)
JÚLIO – Olha o vaso de planta aqui. O pratinho ta cheio de água. E cheio de larvas do mosquito.
NARRADOR – E olha o tambor de água aí aberto, destampado!
MIRIAM – Ta tudo errado!
ZECA – Gente: tem mosquito da dengue aqui nessa casa.
JÚLIO – Mas pode ter na sua também.
NARRADOR – Na minha casa?
MIRIAM – Sim, senhor narrador.
ZECA – Todos nós temos que nos cuidar...
JÚLIO – Pra não deixar o mosquito da dengue em nossa casa entrar.
NARRADOR – E como é que eu faço isso? Como? Como?
MIRIAM – Coisas muito simples..
.ZECA - ... que todos nós podemos fazer...
JÚLIO - ... podem eliminar esse mosquito para sempre!
NARRADOR – Êbaaaa!!!!
MIRIAM – Daqui a pouco vocês vão ganhar um folheto...
ZECA - ... que explicar como vencer a dengue.
JÚLIO – Quem ajuda a vencer a dengue levante a mão!
MIRIAM – Levante a mão bem alto!
ZECA – Muito bem!JÚLIO – Mostrem o folheto para os pais de vocês, ta bom?
OS TRÊS – (fazendo pose de heróis) Agora somos todos juntos contra a dengue!!
NARRADOR – Muito bem, Super-limpos! Gostei de ver.
MIRIAM – Nós vamos levar nossos amigos doentes para o hospital.
ZECA – Enquanto isso vocês vão receber o panfleto...
JÚLIO - ... pra lutar conta a dengue!
OS TRÊS – Tchau pra vocês! Tchau!(Os três ajudam os amigos a se levantarem e saem com eles de cena. Algumas professoras distribuem os panfletos. Sugestão: uma das professoras explicar o panfleto para as crianças – para completar a peça)
SUGESTÃO PARA O PANFLETO
O texto abaixo serve de sugestão para o panfleto a ser distribuído. Deve conter algumas ilustrações. A partir disso pode-se trabalhar com várias atividades, como desenhos para pintar, jogos, etc. Os termos abaixo podem ser resumidos enfocando os maiores problemas que a comunidade tem. Também podem ser feitos 2 panfletos: um resumido para as crianças e outro para os pais.Lembre-se: o mosquito da dengue gosta de água limpa. A dengue é um problema de todos nós.• Colocar no lixo latas, garrafas, potes e outros objetos sem uso que possam acumular água. Não deixá-los em quintais, nem jogar em terrenos baldios.
• Tampinhas de garrafas, cascas de ovo, embalagens plásticas, copos descartáveis ou qualquer outro objeto sem uso, por menor que seja e que possa acumular água, deve ser colocado em saco plástico, e este, fechado e jogado no lixo.
• Os pneus fora de uso devem ser mantidos secos e em local coberto, protegidos de chuva.
• Manter bem fechados latões, poços, cisternas, caixas d’água e outros depósitos de água para consumo, impedindo a entrada de mosquitos. Vedar com tela fina aqueles que não têm tampa própria.
• Não cultivar plantas em jarros com água; plantá-las sempre em vasos com terra. Colocar areia nos pratos dos vasos de plantas.
• Evitar o cultivo de bromélias e outras plantas parecidas, substituindo-as por outras, pois acumulam água em suas folhas e podem tornar-se criadouros de mosquitos.• As piscinas devem ser tratadas com cloro, devendo ser limpas uma vez por semana. Se não forem usadas devem ser mantidas vazias ou cobertas.
• As calhas devem ser mantidas limpas e desentupidas, removendo-se folhas e materiais que possam impedir o escoamento da água.
• Lavar com bucha e manter limpos os reservatórios de água externos de geladeira, as bandejas de ar condicionado e suportes de garrafão de água mineral.
• As lajes devem ser mantidas limpas e secas.
• Lagos, cascatas e espelho d’água decorativos devem ser mantidos limpos. A criação de peixes é aconselhada, pois estes podem comer as larvas de mosquitos.
• Outra opção é manter a água tratada com cloro.
• Onde houver cacos de vidro nos muros, colocar areia em todos aqueles que possam acumular água.
• Verificar se há entupimento em ralos de cozinha, banheiro, sauna e ducha, providenciando imediatamente seu desentupimento. Se estes não estiverem sendo utilizados, mantê-los fechados.
• Deixar a tampa dos vasos sanitários sempre fechadas. Em banheiros pouco usados, deve-se dar descarga uma vez por semana.• Nos cemitérios colocar terra ou areia nas floreiras e jardineiras, evitando o acúmulo de água e a formação de criadouros de mosquitos. • Os vasilhames para água de animais domésticos devem ser lavados com bucha, sabão e água corrente, pelo menos uma vez por semana.
http://letramentoealfabetizacao.blogspot.com/2008/04/dramatizandoos-super-limpos-contra.html
Recados de Fofas
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